Terça, 15 Julho 2025 01:52

    Jornalista Andrezza Mariot e a química da vida

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    Jornalista Andrezza Mariot e a química da vida Arquivo pessoal

    A mocinha que planejava ser alquimista tornou-se fotógrafa de primeira linha  

    Início dos anos 2000. Aquela universitária causava estranheza aos colegas nas matérias do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Pudera. A mocinha fazia o curso de Química. Questionada sobre a incoerência, ela explicou: “Gosto de jornalismo, por isso faço as optativas com vocês”. A virada de chave ocorreu na disciplina Jornalismo Comunitário. Seu texto, bastante elogiado, mostrava olhar profundo sobre questões sociais. Os elogios e a afinidade com a profissão fizeram a roraimense Andrezza Assunção Mariot prestar novo vestibular e mudar de curso. Adeus, Química.

    Casos como o de Andrezza acontecem bastante no meio universitário brasileiro. As escolhas dos jovens nem sempre consideram vocação. “O curso de Química tinha baixa concorrência no vestibular, além de eu gostar da matéria e de biologia”, explica a hoje jornalista. “Deixei de considerar os sinais. Fiz Enem e minha redação recebeu nota superior à média nacional”, lembra.

    O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Comunicação Social, intitulado Panelas de Barro (Iini Macuxi) na Maloca da Raposa foi apresentado em

    documentário e teve exposição fotográfica. Logo depois, Andrezza concluiu o mestrado na área de Fotografia, também na UFRR. O doutorado está na pauta.

    Servidora concursada da Prefeitura de Boa Vista, Andrezza começou sua etapa na Secretaria de Comunicação com produção de textos sobre as ações da PMBV. Certo dia, foi escalada para fazer fotos de evento. A chefia elogiou o trabalho. A partir dali, tornou-se fotógrafa da casa. “Gosto de fotografia. Antes, preferia fazer imagens de animais, vida selvagem, natureza. Ganha-se muito mais no mercado”, diz ela. “As pautas na Prefeitura me apresentaram outro caminho: olhar para as comunidades, inclusive indígenas”, garante a jornalista.

    Andrezza mantém a ideia de trabalhar com o tema natureza. “Sou influenciada pela estética do bem, olhar para o belo, o que a vida tem de interessante”, garante. Passou uma semana em Workshop de fotografia de aves e animais na floresta, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, santuário ecológico localizado no interior do Amazonas. O fotógrafo carioca Luiz Cláudio Marigo, referência no meio fotográfico, reuniu cinco profissionais no estudo. Ela foi a única mulher.

    No futuro, depois do doutorado, Andrezza quer voltar à Academia, como professora. “Quero dividir conhecimentos com os novos profissionais”, assegura. Católica por tradição cultural, ela tem como referência os pensadores espíritas Chico Xavier e Divaldo Franco. “Todas as religiões levam a caminho único, que é Deus, ao bem coletivo”, sentencia.
    A Química é história. O jornalismo ganhou excelente profissional.

    Kite surf - Boa Vista, Roraima - Foto: Andrezza Mariot

    Casa de farinha - Cantá - Foto: Andrezza Mariot

    Arara-vermelha (Ara chloropterus) - Foto: Andrezza Mariot

    Treino de Voo - Bosque dos Papagaios - Foto: Andrezza Mariot

    O giro da saia - Quadrilha Tradição Macuxi - Foto de Andrezza Mariot

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    Fernando Quintella

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