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    Domingo, 13 Novembro 2016 22:54

    Beijo grego

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    Olá, pessoas!

    Até que enfim, chegou novembro, né? Se bem que muita gente parou no mês de setembro, graças à mamys Sussu que “se esqueceu” de pagar o salário. Mas eu não tô aqui pra falar de gente caloteira, não. Fecha a porta do quarto que o assunto de hoje é quente e faz cosquinha na bunda.

    Vocês já conhecem o beijo grego? A Alessandra do Passarinho K. Grande, 36 anos, professora universitária, nunca ganhou um.

    Tia Lyka, Vi um filme pornô esses dias e fiquei doida. O cara enfiava a boca no traseiro da mulher e só largava quando ela caía ciscando. A posição chama-se: beijo grego. Como faço pro meu marido fazer em mim?

    Fofa, O primeiro passo, é lavar bem a bunda e passar lenço umedecido pra tirar as caquinhas. Depois, botar os meninos pra dormir na casa da avó, comprar a bebida que ele gosta, caprichar no boquete e dizer que está doida pra dar o cu – sem esse último item fica difícil convencê-lo de cara.

    No mais, é só ficar numa posição favorável. A melhor delas é você ficar deitada sobre uma mesa de costas (claro), empinar o bumbum, deixar as pernas levemente abertas pro boymagia enterrar a cara. Feito isso, relaxa os esfíncteres (pregas), deixa o macho chupar à vontade e espera a queda. Só não relaxa demais (pode sair gases e estragar tudo).

    Fui

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    Domingo, 13 Novembro 2016 22:26

    Ficaram seis vidas para o gato

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    Mudei-me para uma casa certa vez, e lá havia um gato morando. Era uma moradia coletiva, e um vizinho disse-me que era do antigo morador. O dono se foi, e o gato ficou, como diz a lenda. Era todo branco, parecia que tomava banho diariamente. Sinceramente, não gostei da ideia no início. Com o tempo fui me acostumando.

    O bichano era na dele, não fazia sujeira e não entrava em casa.

    Depois de um tempo, passei a comprar ração e colocar na varanda a noite.

    Moradia coletiva, estacionamento coletivo. Havia um portão motorizado, e cada morador tinha seu controle. Pintaram tudo de branco, o portão, capa do motor e o muro. Ficou da cor do gato.

    Uma manhã fui sair de carro e acionei controle para abrir o portão. Foi quando escutei uns gritos fortes, tipo pedido de socorro misturado a muita dor. Um enorme susto, vinha do portão. Até cheguei a pensar que tivesse prensado uma criança, tamanho meu pânico. Mas eu não via nada.

    O portão em movimento, tentei parar, mas não deu, abriu até o final.

    Olhei com muita atenção e descobri a causa: um gato todo branco ficou preso em meio ao portão, parede e trilho de movimentação. Como era branco, e o portão também, eu me confundi.

    A situação era trágica, o felino estava esmagado pelo trilho. Tentei tirá-lo, mas não teve jeito. Então a solução foi fechar o portão. O gato estava imóvel, aparentando morto. O portão fechou-se e o gato ficou livre. Tombou para o lado, caindo imóvel no chão.

    Cheguei perto para pegá-lo, quando tomei outro susto. O bicho soltou um miado forte, deu um saldo sobre o portão e caiu na rua. Correu como uma bala de revólver, logo sumindo.

    Fui trabalhar e no caminho lembrei do “meu gato”. Aquele gato prensado se parecia com ele. A noite eu teria certeza, pois o encontraria - ou não - em casa.

    Cheguei do trabalho e fiquei aguardando, mas o bichano não veio. Isto se repetiu nos dias seguintes. Hipótese: matei meu amigo de quadro patas!

    Dias depois, ouço um barulho na varanda, vou lá e quem encontro? O gato pedindo comida! Ele estava inteiro, aparentemente sem lesões.

    O leitor poderá questionar: será que meu gato realmente era aquele que foi esmagado no portão? Há muitas semelhanças entre gatos brancos... Realmente o questionamento tem lógica. Porém, minha certeza do gato esmagado ser o meu era absoluta.

    Quando chegou em casa, o gato parecia uma zebra, com as marcas do trilho do portão sobre o corpo. Então, nesta história teve apenas um gato. A conclusão é que a lenda é verdadeira: GATOS TÊM SETE VIDAS!

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    Segunda, 31 Outubro 2016 00:54

    Dança da chuva no Centro Cívico

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    Na segunda-feira, bela manhã ensolarada, na frente da Assembleia Legislativa, um furdunço. Alto falantes a todo vapor, barulho demais, muito preto e muito vermelho, pensei: “Será que flamenguistas estão festejando o empate de 2 a 2 com o Corínthians?”

    Chegando mais perto, vi que dois grupos distintos se misturavam em manifestações e  reinvindicações diferentes: índios, por falta de tinta, usaram carvão para pintar os corpos de preto e exigiam algo do Ministério da Justiça; de camisetas e chapéus vermelhos, CUT e sei lá mais que agremiações de insatisfeitos protestavam contra a PEC 241.

    A farra era grande. Das duas aparelhagens de som saíam gritos de ordem – ou de desordem – simultâneos, ferindo ouvidos, além de índios cantando e gritando numa língua que só eles entendiam (se é que entendiam). O espaço na frente da “Casa do Povo” transformou-se em ensaio para a confusão de uma torre de babel.

    Estacionei meu carro e me aproximei da baderna decidido a fazer fotos. Quem sabe poderia até colher informações importantes para reportagem em meu jornaleco?

    Sob apreensivos olhares de policiais militares, curiosos, fotógrafos,cinegrafistas e jornalistas se perdiam naquela confusão. Pode até ser que esse cronista esteja errado, mas ali, alguns jovens pintados de preto, com as marcas Zorba e Calvin Klein bem destacadas em cuecas que sobravam um palmo acima de bermudões, pareciam ter sido recrutados na periferia da cidade para fazer número e barulho com silvícolas de verdade. Quer dizer: tinha índio genuíno misturado com índio “hecho en Paraguay”.

    Por falta de comando, índios e não índios se confundiam e ninguém mais era de ninguém. Tinha gente de camiseta e boné vermelhos segurando em pau de índio e índio botando a boca em butica de mulher de camiseta e boné vermelhos.

    De repente, sem que nenhuma autoridade tivesse surgido para, pelo menos, tentar ouvir reinvindicações daquela turba, imensa nuvem negra formou-se sobre a Praça do Centro Cívico e derramou milhares de litros de água, pondo fim, por algum tempo, àquela esculhambação.

    Com a roupa ensopada, sentei-me na calçada e pensei: “Os deuses devem ter achado que essa bagunça era um arremedo de dança da chuva e mandaram água pra amenizar o calor infernal que vinha fazendo em nossa cidade”.

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    Domingo, 23 Outubro 2016 00:06

    Boa memória X vaga lembrança

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    Cem anos de vida é muita coisa. Há poucas décadas, não se vivia tanto. Nos anos 1950 e 1960,  um homem com 50 anos era considerado um homem velho. E poucos chegavam a essa idade.

    Com o progresso da ciência, mais e mais pessoas chegam facilmente aos 80, 90, 100 anos. Daniel Sapateiro completou 100 anos de vida com saúde e lucidez de fazer inveja a muito Rui  Figueiredo.

    Conheço seu Daniel desde que me entendo por gente. No balcão da loja de meu pai, muitas  vezes vendi-lhe ilhoses, botões rápidos, tachinhas, tinta Tic-Tac, mantas de vaqueta e saltos para sapatos.

    Há sete anos, quando seu Daniel comemorava 65 no ofício de sapateiro, eu, jornalista, fui  entrevistá-lo para reportagem no jornal Roraima Hoje. Tarde agradável conversando com o  paraibano de Cajazeiras.

    Falou-me sobre sua vida no Nordeste, sua vinda para Boa Vista, o casamento, a aquisição do  imóvel onde vive até hoje, a alegria com o nascimento do único filho, a felicidade de ainda ter irmãos.

    Na época, com 93 anos, seu Daniel disse-me ter ido a Brasília, onde participou da festa de 100  anos de sua irmã mais velha. Família longeva, Santa, a mana, morreu em 2014 com 108 anos de idade.

    Durante a entrevista, seu Daniel explicou-me que raramente algum freguês deixava de vir  buscar os sapatos deixados para serem reparados: “As pessoas se apaixonam por sapatos de qualidade e querem que eles durem a vida inteira”, explicou-me.

    Ele não soube me dizer como fazia para encontrar um calçado deixado há muito tempo, mas disse que a mão ia certa na prateleira e buscava o que ele queria.

    Lá pelas tantas, seu Daniel me perguntou:

    - Você é ou foi casado com dona Maura - uma mulher bonita que trabalha na Educação?

    - Sim...

    - Faz tempo “que não vejo ela”...

    - É, seu Daniel: Maura está morando em Brasília desde 2005; por quê?

    Seu Daniel levantou-se e pegou um saco plástico na prateleira. Entregou-me o pacote e, nele, estava escrito: MAURA PINHEIRO, 03/08/2004, R$ 16,00. Sorri e rcomentei:

    - Maura sempre foi desligada. Vou pagar pelo seu serviço e levar os sapatos pra ela em minha  próxima viagem ao Distrito Federal.

    ....

    Dias depois, em Brasília, abri minha mala e entreguei aquele pacote para Maura. Ela abriu o  saco plástico e, ao ver o velho par de sapatos, sacudiu os ombros:

    - Não entendi...

    - Tu mandaste consertar esses sapatos em 2004. Seu Daniel Sapateiro me alertou sobre o  esquecimento. Paguei pelo serviço e  trouxe-os pra ti, pois devias gostar muito deles.

    Maura não se lembrava dos sapatos. Claro, também não se lembrava de tê-los mandado para conserto e afrimou ter uma vaga lembrança de seu Daniel.

    Se ela chegar aos 100 anos, certamente não terá a mesma lucidez de Daniel Sapateiro.

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    Sábado, 22 Outubro 2016 23:57

    Dedo podre

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    Queridos e queridas!

    As “muié” pensam que eu sou casamenteira, querem que eu dê um jeito de tirá-las do caritó (solteirice). Não arrumei nem pra mim, quanto mais pra vocês, que não sei nem a cor do grelo.

    Tudo bem! O conselho de hoje vai pra todas as solteiras - as largadas também - que querem arrumar um macho pra chamar de seu, mas têm o dedo podre.

    Primeira atitude: gostar de si mesma. Andar cheirosa, calcinha limpa, boca escovada; depois, procurar macho no lugar certo. Vejo mulher doida pra casar, procurando homem em forró, pagode, Pit Stop, seresta... Me poupem!

    A única coisa que vão arrumar nesses lugares é rola. E suja. Vamos ter mais critério, exigir pelo menos que o cabra tenha nível superior pra não ouvir um “a gente fumo”, “moro no Tranquedo”, “vou pra Guiana Inglesa”.

    Procure saber se ele é bom filho, se tem trabalho fixo, algum parente preso (se for de facção, foge e muda de endereço), se atirou fogo em gato quando criança.

    Os cabras chamam vocês de gostosa e vocês já vão abaixando a calcinha. Não dá! Experimentem frequentar lugares decentes como ir à missa aos domingos, fazer caridade. Depois de laçar o macho, é só dá uma surra de perereca. Garanto que no outro dia, ele compra as alianças.

    Homem não quer casar. Nossa sorte é que eles não vivem sem buceta.

    Fui!

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    Domingo, 16 Outubro 2016 01:44

    Sexo tantra da tia Lyka

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    Olá, meus seguidores!

    Hoje, vou direto ao ponto. Que nem exame de próstata: sem rodeios.

    Tenho recebido muitas reclamações das casadas e pedidos de conselhos para melhorar o sexo com o parceiro, como fazer a perereca morder o croquete, passar 3 dias gozando (se eu usar essa ténica com meus clientes, vou perder dinheiro).

    E eu pensando que o povo estava preocupado mesmo era com a crise, com a falta de banana-maçã na cidade. Nada. A mulherada quer aprender a praticar o sexo tântrico.

    Pois bem. Anotem as dicas da titia aqui:

    Você vai precisar de pelo menos 4 horas livres com o parceiro. Deixe os meninos com a avó - ou num abrigo infantil, dê Rivotril pro cachorro, desligue o telefone e puxe o fio da campainha. Prepare o ambiente: roupas de camas limpas, velas aromáticas (não aquelas de macumba), de preferência as que exalam feromônio – só procurar em sexy shop. Faça o check in de buceta (depilação, 3x10 séries de contrações dos músculos da pepeca).

    O mais importante: avise ao bofemagia que a noite está reservada para os dois. Vai que o doido inventa de ir assistir ao jogo do Atlético no bar do Loureiro.

    Mande mensagem pelo “zap-zap”: “a noite é uma criança e eu sou uma chu-pe-ta”, acompanhada da foto de sua boca sorvendo um din-din de coco (te vira pra comprar). Ele vai passar o resto do dia de pau duro. À noite, receba-o como se estivesse ganhando um desses sapatos brilhosos da moda.

    Leve-o pro quarto e inicie a sessão. Primeira técnica: Olho no olho; depois, toque o peito dele, direcione-o a tocar o seu. Em seguida, comece a massagear, suavemente, a face, orelhas, mãos, pernas, bumbum. O prazer é explorar o corpo inteiro do parceiro e retardar o gozo ao máximo.

    Agora, fofa, se o bofemagia tiver problema de ejaculação precoce, nem perde tempo. Dá uma chupadinha mea-boca e corre pra assistir ao Netflix.

    Fui!

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    Sexta, 07 Outubro 2016 14:53

    Amigos também trepam

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    Olá, meu povo!

    Gostaram do meu cabelo roxinho? Pensando em pintar a pepeca também, mas meus clientes só gostam dela peladinha, que nem tomate. No momento, está igual a macaquinho novo: só as penuginhas.

    Hoje, trago dúvida da escriba Deyse Sobral dos Santos Padilha, 24 anos - meio puta ocasionalmente (ela que diz):

    Tia Lyka,
    Querida mestra das inteligências supremas sobre ppk e regos! Vivo na friendzone com meu melhor amigo há anos, e olha que ele é feio e eu sou linda, mas eu o amo até hoje -  só que não deixo de dar pros outros, pra não morrer seca; tou certa? Esse amor é possível? Será que ele fala sério quando diz que não trepa comigo para não quebrar a amizade?

    Fofa!

    Eu acho que já respondi você por aqui. Está escrevendo um livro, é? Vamos lá:

    Queridaaaaa! Homem que gosta de ppk (gostei dessa abreviação pra pepeca - assim, o Barão não passa o dedo censurador dele) não tem esse negócio de amizade, não. Ele come até a mãe.

    Quem se preocupa com amizade é menina pobre, suburbana, que escreve na camisa da escola no final de ano. Pra mim, homem que renega buceta não merece ter piroca. Fique esperta: ou esse cara senta na macaxeira, ou tem o pau pequeno.

    Em todo o caso, vai a última tentativa: lava bem a xana, convida o amigo pra ir ao cinema e. no escurinho, pega firme no pau dele. É! Assim sem avisar, sem clima. Chega no ouvido dele e sussurra: quero fu-der. E volta a assistir o filme naturalmente.

    Se voltar pra casa sem se sentar na pica amiga, entenda: ele não quer sua ppk.

    Fui!

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    Quinta, 06 Outubro 2016 01:24

    20 anos, logo ali!

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    Neste ano, 2016, retorno a 1996, e um número se ilumina como título da minha reflexão: Faz 20 anos! Como um susto, ou um acender de luzes, vejo que uma passagem importante de minha vida recebe agora esta coroa: duas dezenas de anos.

    Naquele ano, comecei a trabalhar na Justiça Federal em Franca, São Paulo. Logo depois, em 1998, saí de lá para assumir o cargo e a cidade onde estou até hoje. Uma rápida passagem, mas muito importante e marcante para mim. Retorno no tempo e tento olhar daqui, de hoje, a visão de futuro que eu tinha lá em 1996.

    A conclusão primeira é que lá, com 27 anos, eu não concebia como realidade ter em minha memória um lápso de 20 anos! Hoje eu me espanto pensando em fatos mais até mais distantes.

    Brevemente, espero escrever “há 50 anos!” Em outubro de 1996 fui convocado como mesário numa das primeiras sessões eleitorais com urnas eletrônicas. Uma experiência então pioneira, até desacreditada. Hoje, todas as eleições brasileiras são praticamente concluídas no dia da votação.

    Os celulares talvez fossem notícia de pesquisa no exterior. A privatização da telefonia apontava que muita coisa boa viria. Mas eu jamais pensava que em duas décadas haveria o tal celular totalmente difundido, qualquer pessoa podendo ser localizada onde está em qualquer lugar.

    Telefone era algo caro, pouco acessível. Hoje, há mais linhas telefônicas do que pessoas no Brasil. Ainda existiam máquinas de escrever.

    Os editores de texto vieram para tornar a arte ou ofício de escrever algo simples, acessível e eficaz. Mas eu testemunhei uma revolução: aprimoramento e difusão da internet. Informações e mais informações ao alcance de todos, de graça, a qualquer momento. Redes sociais para reduzir o mundo a uma vizinhança. Chance de todos falarem e mostrarem o que desejam. Na rede, enquanto o pedestre reclama da acessibilidade, o prefeito pode estar lendo. O artista faz seu show e pode ser notado por milhares de pessoas, sem gravadora ou propaganda. A garota bonita sai do cabelereiro, bota sua foto e vira uma modelo tão vista quando aquelas das capas de revistas. O Brasil realizaria Copa do Mundo e Olímpiadas, e fazendo bonito. Nossa seleção sofreria a mais humilhante derrota de sua história em casa. Mas depois conquistaria a medalha de ouro olímpica em pleno Maracanã!

    Nestes 20 anos, foram muitas as revoluções que vivi em minha vida e testemunhei no mundo. Que Deus me dê outros 20 anos, para eu me olhar hoje, aqui em 2016, e saber que meu otimismo na vinda mudanças intensas e positivas estava correto!

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    Sexta, 23 Setembro 2016 22:21

    A crise e o “banho de gato”

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    Olá, queridos – e queridas!

    Sei que a vida não está fácil, tem muita gente trepando sem ligar a central de ar – ninguém aguenta 40% de aumento de energia, né? Eu mesma tive que reajustar a tabela de meus serviços sexuais. F... no calor não dá! Eu suo que nem tirador de espírito. Mas digo a vocês: sexo é prioridade. Podem cortar tudo, cabelereiro, manicure, lavagem e polimento do carro, cervejinha, mas a perereca e um talo bem afiado não podem faltar.

    Trago o assunto à pauta porque tenho recebido muitos e-mails de casais, amantes, querendo se separar e um dos motivos, acreditem, são os gastos do(a) parceiro(a). Eu digo: meu bem, você já sustentou uma puta um mês? Então, não sabe o que é gastar.

    O Antônio Ferreira Neto, 65 anos, é uma dessas criaturas que está desesperado. Quer dispensar a namorada, uma novinha de 20 anos.

    Tia Lyka,

    Estou namorando uma novinha há sete meses, mas estou pensando seriamente em terminar. A menina só quer andar com calça de marca, cabelo e unhas feitas, academia, perfume importado e celular da moda. Toda vez que falo em terminar, ela me dá um “banho de gato” que faz eu desistir na hora. Me ajude a terminar essa relação, sem perder esse “mimo”. Adoro ser chupado.

    Querido Toinho,

    Eu não vejo solução para o teu caso. Se a novinha faz o caqueado gostoso, você tem que investir, enchê-la de presenes. É que nem em restaurante, o garçom te serve bem, você paga os dez por cento sem reclamar.

    Até porque, nessa tua idade, o pau já não atende aos comandos, fica preguiçoso. Você já não faz mais todas posições – um papai-mamãe uma vez na vida outra na morte. Só goza com boquete ou se estimular a próstrata.

    Das duas uma: ou você mantém a novinha que faz o boquete caprichado, mas é careira, ou compra um animal de estimação em fase de amamentação. Os gatinhos são mais carinhosos.

    Fui!

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    Sexta, 23 Setembro 2016 22:06

    O homem nu

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    Vivo sozinho há alguns anos. Antes, tinha muito medo da solidão. Com a experiência, descobri que viver sozinho não é sinônimo de ser solitário. Acostumei-me de tal maneira com a situação que não sei se me adaptaria a uma nova vida a dois. 

    Alguém mostrou que, entre as vantagens de morar sozinho, estão a possibilidade de usar banheiro com porta aberta, beber água no gargalo de garrafas, se esparramar na cama, não ter hora para dormir nem para acordar, comer o que quiser à hora que quiser... Tem mais uma: viver nu. Adoro viver nu. Chegando à minha casa, depois que o carro cruza o limite da rua, antes mesmo de o portão se fechar completamente, tiro toda a roupa e passo o resto do tempo como Deus me trouxe ao mundo.

    Portões de ferro e três metros de muro garantem minha individualidade em meu cantinho naturista.
    Mas, para viver assim, neguinho tem que ser cauteloso. Situações vexaminosas podem ocorrer.

    Sábado desses, em casa, nu, do jeitinho que gosto de ficar, lavei cuecas, li um pouco e, depois, ouvindo acordes emitidos por Eric Clapton, abandonei-me nos braços de Johnnie Walker - cachorro engarrafado, o verdadeiro amigo do homem. Lá pelas duas da manhã, resolvi limpar a cozinha e botar a sujeira para fora. Com poucos vizinhos, morando em rua de pouco movimento, parti para a ação do jeitinho que estava: vestido de nada. Com sacos de lixo nas mãos, acionei o comutador da entrada de visitas e dirigi-me à lixeira. “Pá” – um vento forte e sacana fechou o portão. Sem chave, sem controle remoto, como voltar pra dentro do meu terreiro?

    Como um homem de 62 anos, que não pratica nenhum exercício, poderia escalar um muro de três metros de altura? E se conseguisse subir, como chegar ao chão do outro lado sem desmentir ou fraturar ossos já meio corroídos pela osteoporose?

    Ali, lembrei-me que fugitivos da Pê-á usam a vizinhança como rota de fuga. “E se alguns meninos tiverem escapado e os homens vierem dar um baculejo por aqui?”, pensei.

    Apavorei-me com a possibilidade de, nu, às duas da matina, tentando pular um muro, dar de cara – ou de bunda – com policiais. Até que eu explicasse que berimbau não é gaita, os tiras já teriam me colocado aos costumes, bem do jeitinho que sabem e gostam de fazer.

    Na rua, caminhando de um lado para outro, pensando, lembrei-me que a casa do lado da minha estava desocupada, que o mecanismo do portão eletrônico estava desativado e que a parede entre nossos imóveis é bem mais baixa que a muralha que cerca o meu muquifo. Corri pra lá, abri o portão torcendo para que ninguém o ouvisse o impacto de ferrugem correndo pra lá e pra cá. Fiz-me de surdo para a cachorrada que latia ali perto, escalei dois metros e dez de muro e, já em casa, joguei-me na “piscínica” para controlar medo, nervosismo e batidas cardíacas. Ri da situação, tomei duas talagadas de uísque e, deitado na rede, sem me incomodar com as estupidezes que saíam da boca de Serginho Groissman, dormi. Nu, claro.

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