No sábado, 25, no Iêmen, menina de oito anos morreu após a lua de mel com o marido de 40 anos. Rawan teve hemorragia causada por ferimentos internos no útero. A morte aconteceu na área tribal de Hardh, na fronteira com a Arábia Saudita. segundo o jornal alemão “Der Tagesspiegel”, a menina teria sido vendida pelo padrasto por cerca de R$ 6 mil.
Ativistas de direitos humanos pressionam para que o saudita e a família da menina sejam responsabilizados pela morte. “Após este caso horrível, repetimos nossa exigência para uma lei que restrinja o casamento para maiores de 18 anos”, revoltou-se um membro do Centro Iemenita de Direitos Humanos.
Faz tempo que casamentos de meninas do Iêmen. Em 2010, quando divulgou-se que uma jovem de 13 anos morrera de hemorragia interna depois de ter tido relações sexuais com o marido que tinha o dobro de sua idade, ativistas começaram a fazer barulho contra o hábito da região.
O caso de 2010 inspirou uma menina iemenita, de nove anos, a publicar relatos sobre seu casamento com um homem de três vezes mais velho do que ela.
No ano seguinte, a ONG Human Rights Watch, com sede em Nova York, fez um apelo para que o governo proibisse o casamento de menores de idade no país.
Citando dados das Nações Unidas, o Human Rights Watch afirma que cerca de 52% das meninas no Iêmen se casam antes dos 18 anos, e 14% antes dos 15. Muitas delas são forçadas a parar de estudar quando atingem a puberdade.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/)