Formado em economia, em seu terceiro mandato como senador pelo Estado de Roraima, o pernambucano Romero Jucá é o homem forte no grupo do presidente interino Michel Temer.
Há 22 anos ocupando cadeira na Câmara Alta, Jucá foi líder do governo durante mandatos de FHC, Lula e Dilma. Distante da ala do também peemedebista Renan Calheiros e próximo do atual presidente Michel Temer, ele foi um dos primeiros políticos do partido a defender um desembarque do governo, ainda em 2014, antes da campanha pela reeleição. Em outubro de 2015, quando a crise já se instalara na administração petista, em entrevista à revista Veja, o senador comparou o governo Dilma ao Titanic prestes a afundar: "O governo está dando camarote no Titanic em vez de mudar o rumo do navio. Só que, na hora em que o navio afundar, ninguém vai ficar na suíte, vai todo mundo pular do barco".
Vice-presidente do PMDB, Jucá assumiu o comando do partido quando Temer licenciou-se para articular pelo impeachment de Dilma e fazer planos para eventual governo. Romero também teve papel importante nessa trajetória.
Como ministro do Planejamento, a Jucá fica a árdua tarefa de fazer cortes no orçamento, e dar rumo ao País. Temer tem ciência da importância do senador nos encaminhamentos necessários para tapar o buraco deixado pela administração de Dilma Rousseff. Em recente entrevista ao Fantástico (Rede Globo), o presidente interino fez questão de citá-lo como homem chave no processo.
Investigado
Citado na Operação Lava-Jato, Romero diz que: “Investigação não quer dizer culpa. Qualquer cidadão pode ser investigado. Quero ver provarem alguma coisa contra mim”.