Domingo, 17 Abril 2016 02:17

    Manifestações de Povos indígenas na União Operária

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    Manifestações de Povos indígenas na União Operária Foto maior: Jorge Macedo ? Foto menor: Simone Mene

    O Abril Indígena surgiu, dentro do movimento organizado, como conjunto de ações integradas com foco em demandas específicas dos povos indígenas.

    Ações integradas do movimento indígena e aliados que se reúnem em Brasília uma vez por ano, no Acampamento Terra Livre - ATL, e declaram suas reinvindicações imediatas. Um dos resultados alcançados aliados a outros esforços foi a homologação da TI Raposa Serra do Sol, em 2009, aqui no estado de Roraima. O abril indígena faz frente a obras de grande impacto negativo à sociodiversidade na Amazônia, como a hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo.

    O movimento em Roraima

    Roraima tem tradição e é referência mundial quando o assunto é política indigenista, estratégia, diálogo e ação. O movimento, de forma organizada e contínua, data há mais de quatro décadas. Hoje, uma geração de grandes líderes, conhecidos como lideranças tradicionais, veem a passagem de poder para a segunda e terceira gerações de líderes.

    O reconhecimento da eficiência política aprimorada em coletivo pelos povos indígenas se evidencia muito além da conquista do território ancestral; alcança, mesmo que de forma limitada, políticas públicas fundamentais para a plena manifestação da vida coletiva. O contato aberto com o grande mundo, com a grande economia e a grande cultura é, talvez, o maior dos desafios, junto à chance de viver dignamente na contemporaneidade.

    Arte e contexto

    Nesse contexto, revela-se um movimento artístico e cultural que vem paulatinamente ampliando o campo de visão da sociedade pela perspectiva do mostrar-se. As ilustrações a mão livre, feitas especialmente pelo artista Makuxi Bartô há mais de 40 anos, revelam a luta dos povos indígenas. Seus trabalhos ilustram documentos históricos e fazem parte do acervo do CIR.
    Hoje, muitos artistas indígenas ganham visibilidade e podem desfrutar de um ambiente desafiador, sim, mas com mais liberdade, com mais segurança de assumir a própria identidade. A capacidade reflexiva da arte indígena, a sua abrangência e boa fluidez nas redes sociais tem revelado campo vasto para pesquisas, usos práticos na afirmação da identidade cultural e como alternativa econômica.

    Exposição e feira de culturas

    Para celebrar importante passagem, indígenas artistas, artesãos e parceiros recebem toda a sociedade para livre interação intercultural. O Espaço de Cultura e Arte União Operária da UFRR recebe, até o dia 29 de abril, visitas à exposição coletiva de artistas indígenas com feira de artesanato. O evento reúne, em diversas atividades, as principais demandas dos povos indígenas e traz à luz das artes visuais e audiovisuais o que de urgente eles têm para debater e reivindicar a bem de garantir um mundo sustentável para todos.

    A exposição tem visitação gratuita, estará aberta, inclusive aos sábados, das 8h às 20h. A iniciativa é uma parceria da DIREX/PRAE/UFRR, Galeria Jaider Esbell, Calixto Molduras, LB Construções, Cejurr e Programa de Extensão Insikiran Anna Eserenka, coordenado pela professora Ise de Goreth.

     

     

    Lido 2344 vezes Última modificação em Domingo, 17 Abril 2016 02:24
    Redação

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