Em entrevista à BBC, Thomas Manning, 64, disse que descobriu o câncer em seu pênis por acaso. O médico notou uma ferida atípica e a biópsia mostrou que se tratava de um câncer em estágio avançado. Ele teve o órgão amputado uma semana depois.
"Quando contava para as pessoas, elas se encolhiam, não conseguiam acreditar", afirma. Segundo ele, o transplante correu bem e ele não sofreu dores até o momento. Manning afirmou que fez a cirurgia porque queria receber o órgão, mas também para pôr o tema em discussão. Ele espera que, vindo a público para falar sobre o assunto, possa ajudar a diminuir o estigma em torno de lesões genitais e trazer esperança de recuperação para outros homens com problemas semelhantes. Thomas foi o primeiro nos EUA e o terceiro no mundo a se submeter ao raro procedimento. "O mais difícil para mim é pensar que alguém teve que morrer para eu ter um pênis", diz.
Ele gostaria que o governo americano investisse mais nesse tipo de cirurgia – levando em conta, principalmente, os veteranos de guerra.
O médico Curtis Cetrulo, que liderou a equipe cirúrgica, disse esperar que a técnica possa ser usada em soldados feridos no Iraque e no Afeganistão.
Cirurgia
Após a cirurgia, a expectativa é de que o paciente recupere a capacidade de urinar e a função sexual nos próximos meses. A operação, de 15 horas, ocorreu no início do mês no Hospital Geral de Massachusetts e envolveu mais de 50 médicos de diferentes departamentos, incluindo urologia, psiquiatria e cirurgia plástica.
Segundo Curtis Cetrulo, transplantes de pênis podem ajudar a evitar suicídios. Vítimas de lesões penianas e genitais normalmente sofrem de depressão e sentimentos agudos de vergonha.
(Fonte: www.meionorte.com.br)