Aroldo Pinheiro, roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".
Mostrando para o filho que tipo de heróis ele curtia na infância, Marcos baixou um filme dos Teletubbies na internet. Quando Thiago, 5 aninhos, viu os personagens em roupas coloridas e seus jeitinhos de falar e dançar, soltou:
- Pai: eles são gays?
A mãe mostra a inflamação no braço da menina para o médico e diz:
- Acho que foi picada de mosquito, doutor.
Laurinha, 4 aninhos, rebate:
- Mosquito não, mãe: foi carapanã.
Conversando com Beatriz, cinco aninhos, pergunto:
- O que é amor?
- É quando a gente não quer ficar longe da pessoa que a gente gosta.
- E o que é saudade?
- Parece com amor, só que a gente sente muita falta de uma pessoa da nossa família.
Voltando do quintal, Marquinho, cinco anos, trouxe a notícia:
— Mãe: “nasceu três coelho e duas coelha...”
— Como você sabe disso, meu fi lho?
— O papai olhou por baixo dos “bichinho”: acho que tinha etiqueta.
Daniel, seis aninhos, foi com os pais visitar casal de amigos da família em visita a Boa Vista: doutor Câncio e dona Ária.
Encucado com a esquisitice dos nomes, o pirralho atacou logo na saída:
- Papai: eles são do horóscopo?
Nelson Costa fazia visita a um amigo e, depois de muito papo, resolveu acender o cachimbo. Ao entrar na sala, Marquinho, quatro anos, viu a fumaceira e deu o alarme:
- Vovô, o tio Nelson está pegando fogo!
Nelson Costa fazia visita a um amigo e, depois de muito papo, resolveu acender o cachimbo. Ao entrar na sala, Marquinho, quatro anos, viu a fumaceira e deu o alarme:
- Vovô, o tio Nelson está pegando fogo!
Com a mãe, Tarcízio, 6 anos, estudava o ABC. Mas o pensamento do pirralho estava na pelada ali em frente.
- U- vê-a-vá. Uva.
- Cê-a-cá-esse-á-zá-cê-ó-có. Casaco.
- Bê-ô-bô-ele-ó-ló. Bolo.
- Dê-á-dá-dê-ó-dó. Bozó.
Pelejo, há algum tempo, para que Beatriz, 5 anos, largue a chupeta. Na última investida:
- Minha fi lha, você já é uma mocinha: está na hora de largar essa chupeta.
- Tá, bom papai: tu promete que vai parar de fumar?
Festa em casa de árabes, do equipamento de som, a música repetida: “Ralaí, Ralarrá, Ralaxi, Ralaí, Ralarrá, Ralaxi, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí, Ralaí, Ralaxá, Ralaxí...”
Pedrinho, quatro anos, bate nas costas de Pedro sênior e pergunta:
- Pai, o CD tá furado?