Loirinho, piloto, feinho, voava para o garimpo levando de tudo: comida, combustível, putas e principalmente garimpeiros. Sua base era a pista do Paapiú, mas fazia muitas pernas, o que lhe tomava quase todo o dia. Saia com o raiar do sol e voltava quando ele se punha, cansado, sem ânimo para nada, a não ser o banho, janta e cama. Sentia falta de mulher, só que não tinha tempo para ir até o puteiro. Um dia, levando Ritinha ‘boca de ouro’, no meio do voo arriscou uma cantada. Ela topou. Acertou preço e horário, só não o lugar. Para não perder a transa, assim que aterrissou foi ali mesmo, na nacela. Depois das pernas de Ritinha, foi cuidar das outras, de pista em pista, feliz, floresta afora...
Nacela2 - [Do fr. nacelle.] - Substantivo feminino - Espaço da fuselagem ou cabina dos aviões pequenos destinado ao piloto, à tripulação ou, eventualmente, a passageiros.
Read MoreNascido há 71 anos em Nova Europa, região de Araraquara, mas criado em Ribeirão Preto, no então distrito de Guatapará, o jornalista Plínio Vicente da Silva ainda convive com os danos provocados pela pólio.
Profissional com passagem por vários veículos (rádio e jornal), entre eles O Estado de São Paulo, começou a carreira em Ribeirão. Sua primeira experiência foi como estagiário em O Diário, responsável pelo fechamento da coluna “Lupa e Capote”, onde publicava um resumo das ocorrências policiais da noite.
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