Quem passar pelo Distrito Federal até essa data, não pode deixar de visitar o Centro Cultural Banco do Brasil (SCESm Trecho 2, Brasília) e viajar com as criações fantásticas da artista plástica australiana.
São três ambientes com produções que podem chocar num primeiro momento, conduzir à meditação em seguida e, por fim, trazer ternura a quem se depara com as fantásticas instalações de Patricia.
Depois de passar por máquinas que parecem ter vida e sentir amor - feitas principalmente com fibra de vidro e pintadas com tinta automotiva -, o visitante pode abandonar-se em imaginações ao assistir vídeos e deparar-se com figuras estranhas que, aos poucos, inspiram carinho.
No terceiro e último salão do Centro Cultural Banco do Brasil, arrumado especialmente para a mostra, ternura e paixão hão de invadir os sentimentos do visitante.
Instalação como “A cuidadora”, em que uma adolescente, absurdamente peluda, toma conta de uma criancinha que, para nós, seria normal. A imponência da “Grande mãe” – um ser que parece saído de filme de terror classe B –, amamentando um bebê que poderia ser de qualquer um de nós, é cativante. “Indiviso”, obra em que uma criança dorme plácida e candidamente abraçada por um animal inspirado em seres esquisitos da Austrália pode levar o visitante a questionar sua intolerância com as diferenças. Da mesma maneira que “O tão esperado”, montagem em que uma bela criança aconchega no colo uma mistura de baleia(?) com homem, transmite a pureza dos sonhos infantis e dos contos de fadas.
A exposição é produzida pela Magnetoscópio, patrocinada pelo Banco do Brasil e Mapre Seguros, e é realizada pelo Ministério da Cultura, Centro Cultural Banco do Brasil e Hermes Padini.