Lorran Monteiro Nogueira é peça importante na equipe do Restaurante da Família (Foto: Arquivo pessoal) 

Pâmela Alves curte período de folga no Nordeste (Foto: Jr Carolino)

De longe, o roraimense Genaro “Gegé” Oliveira, acompanha notícias de sua terra pela Roraima Agora (Foto: Arquivo pessoal)

Autenticidade e simpatia são características de Neide Cardoso; na foto, escudada pelo filho Marcos (Foto: Aroldo Pinheiro)

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Larissa é pedagoga, acadêmica de ciências biológicas, pecuarista, meia-maratonista, faixa azul de jiu-jitsu; é mole ou quer mais?

Todas as noites, no percurso entre o bairro Dos Estados e a Academia R2, no centro da cidade, o boa-vistense pode deparar-se com a esbelta figura de Larissa Faust. Leveza e beleza bem distribuídas em 1,84m chamam a atenção.

Conversar com a polivalente Larissa, 28, pode render horas de deleite. Firme em suas convicções, ela diz que a prática de esportes vem da necessidade de não saber ficar parada.

Boa-vistense, a atleta viveu em Caracaraí dos seis meses aos 18 anos, onde começou a gastar energias. “Nunca fui de ficar parada. Em nosso quintal, eu promovia partidas de vôlei, jogos de queimada e disputas futebolísticas. Na escola, incentivada por professores de educação física, comecei a participar de disputas estudantis. Desde cedo me destaquei correndo em jogos estudantis”, afirma.

Aos 18 anos, ela veio para Boa Vista e, na avenida Venezuela, abriu casa de produtos agrícolas. A vida de empresária não durou muito. Por aconselhamento – ou imposição – paterna decidiu entrar numa faculdade. Escolheu pedagogia. Foi aprovada em quinto lugar. “Eu não tinha vocação pra nada, graduei-me para mostrar a meu pai que eu era capaz. Nunca exerci a profissão. Hoje, sinto-me mais realizada com o curso de ciências biológicas”, diz. Trabalhando atualmente com paisagismo, Larissa deve graduar-se no próximo ano.

Dedicação aos esportes

A paixão por corridas levou Larissa a participar de provas no Estado. “Ao surgimento de qualquer competição, lá estava eu me inscrevendo”, afirma. No armário, ela conserva camisetas [com respectivos números de identificação] e medalhas conseguidas com pernadas. Noutro móvel, mais medalhas adquiridas com artimanhas de jiu-jitsu – em cuja modalidade é faixa azul.

Especialista em provas de 5km e 10km, a bela moça prepara-se para tornar-se meia-maratonista. “Neste ano, devo participar de duas competições em Manaus, uma em São Paulo e uma em Brasília. Mas quero mesmo é estar presente na prova do deserto de Atakama [Chile] em 2017”, determina.

Pontos de vista

Larissa diz-se revoltada com as avalanches de corrupção que vêm pipocando pelo Brasil. O descaso de governantes para com o esporte a incomoda. Conta que há pouco tempo, ao procurar patrocínio para as seletivas de Abu Dab (Emirados Árabes), um deputado disse-lhe não poder ajudar. “Logo que saí do gabinete dele, meu celular tocou: era o patife dizendo que poderia me pagar muito bem se eu fizesse sexo com ele. Fiquei tão indignada que não soube dar-lhe resposta à altura”, denuncia.

Solteira, sem namorado, a roraimense diz não estar preocupada com isso. “Sofri uma decepção e estou dando um tempo pra mim mesmo. Não tenho pressa, mas se surgir pretendente que saiba me ganhar e me agradar, certamente aproveito a chance”, comenta sorrindo.

Ativista, idealista, a atleta diz que sempre fez questão de participar de campanhas políticas, “mesmo sabendo que, depois de eleitos, muitos de nossos líderes nos decepcionam”. Larissa espera que escândalos surgidos em quase todo o Brasil e punição de corruptos sirvam para ensinar candidatos que o bem público pertence ao povo e deve ser respeitado.

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