Na aeronave acidentada estava o piloto comercial Roberto Fernandes da Silva, 56, conhecido por Robertinho. Familiares têm quase certeza de que o acidente se deu por falha mecânica, “pois com mais de 40 anos de experiência – inclusive com vastos conhecimentos de mecânica – ele saberia se safar de outras adversidades”, diz um dos filhos da vítima.

Na manhã de quinta-feira, 2, Robertinho partiu do Aeroporto Internacional de Boa Vista com destino que a família não soube informar. Destroços da aeronave e o corpo da vítima somente foram localizados no sábado, 4.

Roberto Fernandes Júnior, empresário, filho mais velho do piloto disse que o pai já havia sofrido outros dois acidentes. “Nas outras vezes, ele fez fumaça na mata e tornava-se fácil encontrá-lo. Desta vez, apesar de não ter havido fumaça, eu imaginei que ele estivesse vivo, mas bastante ferido, e não tivesse conseguido fazer fogo”, comentou.

Roberto Júnior afirmou preocupar-se com as atividades do pai, especialmente porque nem todos os aviões estão em condições favoráveis para voo. “Eu me preocupava muito e tinha muito medo de que acontecesse alguma coisa. Eu sempre pedia para ele não pilotar qualquer avião, mas não tinha jeito, meu pai era um apaixonado e, se ele entendesse que o avião estava ‘lisinho’, ele voava”, disse.

O corpo do piloto foi recolhido por peritos do Instituto Médico Legal que, após exames, liberaram para a família.