Em depoimento, um dos investigados pela operação Lava-Jato, Antônio Carlos Fioravante Pieruccini, que firmou acordo de delação premiada, disse que fez entregas de dinheiro a Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil de Dilma Roussef entre 2011 e 2014, seu marido, Paulo Bernardo – ex-ministro das Comunicações.
Antônio diz que os repasses foram feitos entre agosto e outubro de 2010. As informações dadas Pieruccini reforçam as versões apresentadas por outros dois delatores, Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Também em delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia afirmado que a campanha de Gleisi recebera R$ 1 milhão, atendendo solicitação do então ministro Paulo Bernardo.
O pedido da PF será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, que vai pedir à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre o caso.
Por meio de nota, os petistas Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo negaram a participação em qualquer ato ilícito. Argumentam que "todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor" por parte deles.
Eles dizem que há muitas contradições nos depoimentos dos delatores. "Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram", informa o comunicado.
A Polícia Federal pediu indiciamento do casal. O pedido será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, que deve pedir à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre o caso.
(Fonte: Folha de São Paulo)