Aroldo Pinheiro, roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".
Pai: - Meu filho, o que você quer ser quando crescer?
Filho, seis aninhos: - Quero ser soldado militar.
Pai: - Mas soldado vai pra a guerra e pode ser morto pelo inimigo.
Filho: Ah..., então eu quero ser inimigo.
A avó de Bernardo determinou que ele só sairia para jogar futebol depois que ela tivesse tomado sua lição. Cartilha aberta sobre a mesa, o pirralho dividia pensamentos entre bola e as letras:
- U-vê-à-vá... Uva
- Bê-ô-bô-ele-ó-ló... Bolo
- Eme-á-má-cê-á-cá-cê-có... Macaco
No último desafio, ansioso, Bernadinho se perdeu:
- Cê-á-cá-esse-á-sá-cê-ó-có... Paletó
Centenas de roraimenses vivem em Brasília; entre eles, Michelle Cruz, servidora pública, que, cansada da cantilena socialista, compareceu à Praça dos Três Poderes, para saudar o novo presidente do Brasil.
O caminhão de madeira de Daniel, seis aninhos, quebrou. Com pregos e martelo, consertei-o. Depois, mostrando a ferramenta para meu filho, perguntei-lhe:
- Qual é o nome disso?
- Martelo...
- E pra que serve o martelo?
- Pra bater em caminhão quebrado.
Com seis anos de idade, Paulinho continuava fazendo xixi na cama. Levado a médico, a mãe descobriu que lhe faltava educação fisiológica. Em conversa franca, Marion disse ao menino que ele deveria ir ao banheiro e urinar antes de se deitar para dormir. O pirralho arranjou um bode expiatório:
- Eu faço xixi antes de dormir, mãe. Acho que quem mija na minha cama é o Anjo da Guarda.