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Sábado, 11 Junho 2016 23:13

Matrimônio é lá com Santo Antônio

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Matrimônio é lá com Santo Antônio Divulgação

Apesar da modernidade, mulheres ainda se apegam em promessas ao santo para conseguir casamento

 

Na verdade, ainda em vida, Antônio tornou-se frade franciscano. Português, nascido em 1195, teria vivido a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália, onde, mesmo que seus sermões não trouxessem nada específico sobre casamentos, tornou-se conhecido pela ajuda que dava a moças humildes para conseguirem dote e enxoval para o matrimônio.
Para a fama de Santo Casamenteiro, há duas histórias.

Um versão conta que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar pelo dote para o casamento dela. Desesperada, ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio, ela teria pedido com fé a ajuda do santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante.

O bilhete dizia para que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel.

Achando que o peso daquele bilhete era insignificante, o homem não se importou. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos de prata para que a balança atingisse o equilíbrio.

Naquele momento, o comerciante lembrou-se que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo e nunca tinha honrado a promessa. Santo Antônio usara dessa artimanha para receber o que era seu.
A moça pôde casar-se de acordo com os costumes da época. A partir de então Santo Antônio recebeu – entre outras atribuições – a de “Santo Casamenteiro”.

Outra versão fala sobre uma moça muito bonita, que havia perdido as esperanças de casar-se. Em busca de graça, ela teria comprado uma imagem do santo, colocado em pequeno oratório e, todos os dias, depositava flores ao pé da imagem, sempre pedindo um marido.

Passaram-se semanas, meses, anos… e nada de o noivo aparecer.
Então, tomada pelo desgosto e pela ingratidão de Santo Antônio, ela teria atirado a imagem pela janela.

Naquele exato momento, passava na rua um jovem cavalheiro que, atingido pela estatueta, subiu para reclamar. Ao ver a bela solteirona, ele se apaixonou e pediu-a em casamento.

Desse dia em diante, moças solteiras que querem se casar começaram a fazer orações pedindo ajuda ao santo e cultuando a imagem dele.

Entre as simpatias mais populares, acredita-se que as jovens devem comprar uma pequena imagem do Santo e tirar o Menino Jesus do colo, dizendo que só o devolverá quando conseguir encontrar o amor, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.

(Fonte: “Santo Antônio e a devoção Popular”, de Frei Adelino Pilonetto)

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Aroldo Pinheiro

Aroldo Pinheiro,  roraimense, comerciante, jornalista formado pela Universidade Federal de Roraima. Três livros publicados: "30 CONTOS DIVERSOS - Causos de nossa gente" (2003), "A MOSCA - Romance de vida e de morte" (2004) e "20 CONTOS INVERSOS E DOIS DEDOS DE PROSA - Causos de nossa gente".

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