Estima-se que mais de 70 mil desses porcos, que chegam a dois metros e podem pesar 300 quilos, vagueiem pela região serrana do estado
Em Santa Catarina, principalmente na região serrana, javalis vêm se tornando um problema para a economia e para o meio ambiente. Seres humanos e pequenos animais também podem ser vítimas desses porcos selvagens que se proliferam e, segundo fontes não oficiais, podem chegar a uma população de 70 mil entre o estado catarinense e o Rio Grande do Sul.
Há tempos autoridades estudam meios de combater o que se tornou verdadeira praga, mas, enquanto os projetos não saem do papel, a quantidade desses porcos, que se reproduzem com facilidade, aumenta e traz transtornos à vida rural do sul do País.
Em 2015, por iniciativa da Secretaria Estadual de Agricultura e da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, criou-se um grupo de trabalho para estudar o assunto. Propôs-se, então, criar uma força-tarefa da Polícia Militar Ambiental para ajudar no abate dos animais, hoje restrito a caçadores legalizados. O processo está em fase final de planejamento, dizem autoridades.
O javali, porco selvagem original da Europa, entrou na América do Sul no início do século passado, quando produtores rurais argentinos os introduziram planejando comercialização de carne. A população desses porcos violentos – que podem chegar a 2m de comprimento e pesar 300 quilos - aumentou e, depois que alguns conseguiram fugir para as florestas, se reproduziram sem nenhum controle trazendo prejuízos a plantações e riscos a moradores.
Hoje, a maneira mais eficiente para combatê-los seria a caça devidamente autorizada pelas autoridades. Com os entraves para conseguir licença, poucos são os que praticam a modalidade. Enquanto uma licença para caçar javalis é concedida, dezenas de novos porcos se somam à população existente.