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Segunda, 04 Março 2024 05:22

Cuidado com o candiru

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Outro dia me lembrei de história contada por veteranos da Marinha na Amazônia. O trote no novato recém-embarcado corre até hoje pelas redes e na famosa e eficaz Rádio Peão.

Logo no primeiro dia, os colegas advertiram o novato sobre os perigos do candiru, também conhecido como “peixe vampiro”. Pequeno, com 2,5 cm a 18 cm, espessura de até 6mm, ele provoca pavor nas pessoas pela forma de ataque: penetra nos orifícios humanos expostos, em especial uretra, ânus e vagina.

Dado o alerta, o novato perguntou sobre os ambientes onde o peixe prospera. A resposta deixou-o ainda mais preocupado. O peixinho sorrateiro pode estar até no vaso sanitário do navio, pois a água usada para a descarga seria recolhida diretamente dos rios.

Feito o alerta, os gaiatos ficaram na espreita dos movimentos do novato. Ele iria ao banheiro em algum momento. Como usaria o vaso sanitário? Dito e feito! Eles conseguiram flagrar o colega com os pés sobre a lateral do vaso, em ato de contorcionismo digno de artista do Cirque du Soleil, cara de assustado e preocupado em terminar logo aquele suplício.

No mesmo dia, alguém da guarnição do navio, penalizado com o sofrimento do colega, abriu o jogo. Tratava-se de trote da turma. O candiru jamais estaria no vaso sanitário. Bem, jamais é palavra forte, pois alguém poderia conseguir um exemplar do peixe e deixar no vaso para assustar ainda mais...

No mesmo papo, veio o alerta: nos rios, a conversa é outra. O candiru pode, sim, penetrar nos orifícios descobertos das pessoas, principalmente se urinarem na água.

Você deve se perguntar sobre o perigo ocorrer em outras práticas, bem mais prazerosas. É bom o casal tomar cuidado. O candiru aproveita as oportunidades, com ou sem prazer...

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Fernando Quintella

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