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Tempos de cinema

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    Segunda, 27 Novembro 2017 20:11

    Tempos de cinema

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    No início da década de 1980, o Super K era o único cinema em atividade na cidade, depois do fechamento do cine Boa Vista, anos antes. Nas confortáveis instalações do primeiro, passavam filmes de todos os gêneros. Às quartas-feiras, todos pagavam a metade do preço do ingresso normal. Jogada comercial do Grupo Kimak, proprietário do empreendimento. A oferta atraía os soldados do Exército, única força armada representada no Estado. Podemos dizer que, se o corneteiro tocasse reunir, a sala de projeções esvaziava rapidinho. No programa, filmes de ação, como Rambo, e de sexo, as tais pornochanchadas brasileiras, tão em voga desde os anos 1970.

    Como a frota de carros existente à época era pequena, as placas ainda estavam nas letras AA, ou seja, faltava para chegar aos primeiros dez mil veículos emplacados. Ficava fácil saber quem estava no cinema. Bastava conferir os carros parados ao longo da avenida Major Williams.

    Dois filmes produziram alvoroço na cidade. O primeiro a ser lançado foi Garganta Profunda, sucesso da atriz americana Linda Lovelace, cujo desempenho em sexo oral animava a tropa não apenas às quartas-feiras. Garganta ficou em cartaz por três semanas, com sessões bastante concorridas e público de todos os matizes. Os Kimak apostaram na ousadia e ganharam o jogo.

    Mais tarde, outro filme polêmico: O Império dos Sentidos, japonês. O público das quartas compareceu certo do enredo pornô contumaz, porém encontrou filme de mensagem profunda, cuja cena mais ousada era o corte do pênis do protagonista. Ninguém entendeu a ideia, os homens ficaram espertos com as parceiras (vai que a moda pega?), enfim, bota polêmica nisso.

    Entre as muitas discussões sobre o filme, encontrei marido satisfeito com o enredo. Aos risos, ele explicava: “Levei minha mulher para assistir ao filme porque o ator era japonês. Quando ela viu o tamanho do pênis do japa, percebeu o quanto precisa valorizar o produto da casa...”

     

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