Notice: Undefined index: HTTP_ACCEPT_LANGUAGE in /home/jornalroraimaago/public_html/index.php on line 4

Notice: Undefined index: HTTP_ACCEPT_LANGUAGE in /home/jornalroraimaago/public_html/index.php on line 4
Histórias de treinadores
×

Aviso

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 853

Imprimir esta página
Sábado, 07 Abril 2018 20:46

Histórias de treinadores

Escrito por
Avalie este item
(0 votos)

Se treinadores de times profissionais sofrem, a turma do futebol amador sofre com a falta de estrutura, na maioria dos casos. Certas histórias são deliciosas.

O jornalista Nelson Orofino, carioca aportado em Roraima na década de 1970, escrevia coluna no Jornal Boa Vista, editado pelo governo do então Território. Torcedor do Roraima, aceitou convite para treinar o tricolor. Nelson sofria com o desempenho de alguns jogadores. Certa ocasião, confrontado sobre a falta de talento de atleta considerado fraco, ele disparou: “O menino leva jeito. O problema é quando ele pensa. Se pensar, erra”.

O coronel/PM Santos Rosa também foi treinador do Roraima. Orofino protestava contra a escalação de William, a quem achava abaixo da média. Mesmo com o barulho, Santos Rosa fazia do atacante o seu jogador de confiança e provocava: “Meu time joga com William e mais 10”. Era a senha para a discussão.

Aliás, discussão divertida era com a dupla. Na Copa de 1986, a TV Roraima promoveu mesa redonda com jornalistas e treinadores. Nelson Orofino estava furioso com a Seleção brasileira. No ar, disparou: “Meti o pau no Telê hoje”. Santos Rosa reagiu: “Por isso, ele acordou nervoso no México”. Orofino devolveu: “Pelo menos você lê a minha coluna”. A resposta foi cortante: “Claro, Nelson. Sou seu compadre. Se eu não ler, quem lerá?”

Ele era conhecido como Capitão, embora fosse analfabeto e nunca tenha servido ao Exército ou qualquer outra arma. Bom treinador, ninguém desafiava as suas ordens no time de várzea no Rio de Janeiro. Se era duro com os jogadores, sofria com as brincadeiras feitas por eles, exatamente por ser ingênuo. Euclides, o Quidão, puxava a fila dos gozadores. Em pleno regime militar, deram de presente ao Capitão um pôster com Che Guevara, símbolo do comunismo e morto anos antes. Quando alguém o irritava, ele ameaçava: “Eu juro por aquele santo ali na parede...”, e apontava sem ter a menor ideia de quem estava na foto e do perigo de alguém denunciá-lo ao DOPS.

           

Lido 1411 vezes

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Mais recentes de