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    Sábado, 07 Abril 2018 21:23

    Bruno Garmatz: novo livro na praça

    De agricultor a escritor, ou como mudar a sua vida sem medo

    Ele saiu de Ibirupá, pequena cidade no centro do Rio Grande do Sul, com o sonho de viver intensamente. Conseguiu. Depois de passagem por Curitiba, aportou em terras de Macunaima, em 1983, trazido pelo amigo de infância Eugênio Tomé, com o futuro apontado para a agricultura, área com tradição familiar. Lá pelas tantas, mudou o foco; iniciou curso de Antropologia, abandonado um ano depois por falta de afinidade. Transferiu a matrícula para Comunicação Social, formou-se em Jornalismo, tornou-se craque na fotografia, até encantar-se com a literatura.

     

    Nova obra: lançamento

    Depois de quatro livros esgotados, prepara-se para lançar, no dia 28 de abril, no CTG Nova Querência, o novo título – Remanescente das Sombras –, história de nazista refugiado em Roraima na década de 1950, com grande influência na sociedade local até os anos 2000. Bruno Garmatz é assim. Muda de perspectiva na ficção, sempre em busca de novidades, seja na terra, na imagem ou nas linhas de um livro.

    O despertar para a fotografia e a literatura surgiu quase ao mesmo tempo. Servidor da Prefeitura de Boa Vista, em 2003, ele foi cobrir festa na Casa do Vovô. O fotógrafo escalado ficou doente. Bruno pegou a câmera e fez o serviço. Naquele momento descobriu ter prazer e vocação para a imagem. No mesmo evento, conheceu o Costaricense Guillermo Garbanzo, ex-árbitro de futebol famoso, à época morador no asilo. Encantou-se com a figura do estrangeiro. Na semana seguinte, lá estava ele em papo descontraído com o novo amigo. Foram meses de gravações e papos agradáveis. Ao final, seu primeiro trabalho literário: Conversando com Guillermo vendeu os mil exemplares impressos por Bruno.

    Através de amigo comerciante, soube da procura por livros com fotos e informações sobre Roraima. Bruno viu a oportunidade. Decidiu preparar obra com imagens e textos sobre a tríplice fronteira Brasil/Guiana/Venezuela. Obra caprichada, capa dura, impressa em papel couché, esgotou em dois anos. A ideia foi transformar o Monte Roraima em ícone de sua obra. Subiu a famosa montanha, de onde trouxe imagens incríveis. O livro tinha textos em português, espanhol e inglês, a fim de atender o público estrangeiro.

    Enquanto trabalhava textos e imagens, escreveu dois outros livros: O Homem de Barlovento, passado em Roraima, Venezuela e Goiás, e Escolhas Erradas, com o cenário do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, ambos romances, estilo adotado por ele a partir daí. Remanescente das Sombras mantém o mesmo viés, como obra de ficção.

    Sobre projetos futuros, Bruno já tem na cabeça a ideia do próximo livro, ainda mantida em segredo. “Preciso de tranquilidade”, explica. “Ninguém cria com sucesso sob estresse”, complementa.  Perguntado se vive da literatura, ri. “Poucos vivem de suas obras literárias. Eu estou nessa turma, embora longe de me comparar a Paulo Coelho e outros escritores de sucesso. Dá para o básico”, garante.

     

     

               

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    Sábado, 07 Abril 2018 20:46

    Histórias de treinadores

    Se treinadores de times profissionais sofrem, a turma do futebol amador sofre com a falta de estrutura, na maioria dos casos. Certas histórias são deliciosas.

    Sexta, 09 Março 2018 05:19

    A fila andou

    Você já deve ter ouvido – e até usado -  a expressão acima depois de dar fim a relacionamento amoroso. Soa com o desdém de quem despachou o(a) parceiro(a) sem remorso ou constrangimento. “Fulano? Já era. A fila andou”, mesmo se não houver fila. Todos querem sair por cima.

    No nosso caso, a fila é outra, no sentido literal. Chico Anísio fazia piada com a situação. “No Brasil, fila boa é aquela em que você precisa perguntar a quem está próximo se ele está na fila. Se confirmar, assim como cinco outras pessoas que foram ali e já voltam, melhor ainda”, ironizava o falecido comediante cearense.

    Tem quem use idosos para driblar as filas. A senhorinha chega na caixa, saca grande quantidade de boletos e faturas, começa a pagar vagarosamente cada uma delas. Poderíamos chamar de idoso de aluguel. O pessoal se irrita, mas prioridade é prioridade. Alguns lugares criaram a caixa exclusiva dos idosos, na tentativa de aliviar a encrenca. Nem sempre dá certo.

    Na sexta-feira, minha sogra, dona Nilcéa, entrou em casa animadíssima. Os bancos decidiram criar a preferência da preferência. Quem tiver mais de 80 anos escapa da fila. Qualquer fila. Tem atendimento direto. Aos 89 anos bem vividos, com muita alegria e disposição, Ceinha comemorava a iniciativa. Afinal, já estava mesmo na hora de respeitarem octogenários. “Garotos” mal entrados nos 60 anos, alguns até sarados, tomavam o lugar dessa turma oitentona.

    Também animado com a notícia, dei corda no papo. Lá pelas tantas, lancei a ideia revolucionária: “Quem sabe, se vocês forçarem a barra, os banqueiros decidam pelo atendimento residencial a quem tem mais de 90 anos?”  A menos de um ano de mudar de turma, ela adorou a ideia. Se cuida, gerente!

     

    Guianenses participam de ação desenvolvida pelo clube local

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    Parceria com o Pátio Roraima dá origem a bosque na área do shopping

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    Sexta, 02 Março 2018 20:01

    Histórias do Copão da Amazônia

    Intervalo do jogo Juventus, do Acre, contra o Ríver, de Roraima, o repórter da rádio acreana entrevista o zagueiro roraimense Transa. Ele pergunta: “Jogo duro, hein. Está cansado?” Sem fôlego, o craque balança a mão como se dissesse “mais ou menos”. O repórter, apanhado de surpresa, emenda: ”Alô, Transa, aqui é rádio, gesto não vale, precisa falar”.    

    Eram tempos do Copão da Amazônia, competição criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) destinada aos clubes do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, então com futebol amador. O certame era disputado em duas chaves, com quatro clubes cada uma, em sedes diferentes. Os campeões das chaves jogavam as finais em duas partidas, uma em casa e outra na casa do adversário.

    As histórias vividas por atletas, dirigentes e jornalistas faziam a alegria das delegações. Waldemar Caldas, o Wado, bom zagueiro do Baré, vira e mexe era expulso de campo. Uma das vezes foi no Copão, em Porto Velho. A comunicação era feita através de telefones fixos (final da década de 1980). Refugiado no hotel onde o presidente do clube, Zuza, estava hospedado (os jogadores ficavam em alojamento coletivo), ele falou com a esposa e com a filha. Ao terminar a conversa, comenta, triste: “Até a minha filha reclamou: ’Expulso de novo, papai?’”

    Em 1982, o São Raimundo foi ao Amapá. Na véspera da estreia, contra o poderoso Juventus, o treinador, capitão Derly Borges, da Polícia Militar de Roraima, toma um susto: o craque do time, Renier, ainda estava fora do hotel às 23h. Borges saiu em busca do atleta, na companhia de Rainor, irmão de Renier. A duas quadras do hotel, eles veem pelada de futebol de salão na quadra pública, onde a galera delirava com as jogadas de efeito do jogador. Ameaçado de desligamento da delegação, Renier prometeu atuação de gala no dia seguinte. Dito e feito. Os acreanos pagaram o pato: São Raimundo 3 a 0.

    Quarta, 28 Fevereiro 2018 21:01

    Rotary International: 113 anos fazendo o bem

    Quando a sociedade se envolve, o mundo melhora

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    Segunda, 26 Fevereiro 2018 03:57

    Hora da saudade

    O título desta crônica já informa o estado de espírito do autor. Sou da classe de1950. Desde cedo lembro-me de carnavais animados, com sambas e marchinhas feitas especificamente para a maior festa popular brasileira. Compositores famosos davam tratos à bola (sim, falava-se desse jeito à época) em busca da letra e da melodia capazes de fazer o povo esbaldar-se desde os bailes pré-carnavalescos. Sou do tempo em que as escolas de samba nem eram o principal evento do carnaval carioca. O bloco sempre foi a principal manifestação popular da maior festa brasileira.

    Depois de virada no cenário lá pelo fim do século passado, vejo a retomada, nunca tardia, do carnaval de rua como principal tendência na grande maioria das cidades brasileiras. Rio e São Paulo até ampliaram o número de blocos, a ponto de o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, declarar à imprensa a impossibilidade de o efetivo policial ser capaz de controlar a violência na capital.

    Exageros à parte, o povo retomou a tradição de brincar nas ruas, inclusive com a família. Nem mesmo a violência no Rio inibiu cariocas e turistas de vestirem suas fantasias e caírem na folia com muita animação. Músicos recuperaram o espaço profissional, marchinhas carnavalescas voltaram a ser compostas, inclusive com a sátira característica do nosso país, o carnaval retomou o seu lugar.

    Boa Vista seguiu a tendência nacional. Depois de décadas com as escolas de samba como as donas da avenida Capitão Ene Garcez e o fim dos bailes em clubes, os blocos voltaram a animar o carnaval boa-vistense. Alguns têm mais foliões do que as antigas escolas. Se a grana está curta e o preço do abadá pesa no bolso, a diversão é a mesma, fora da corda de isolamento do bloco. Há lugar para todos.

    Voltei a sentir o clima dos velhos carnavais, com nova roupagem.  Com ou sem saudade.

     

    Terça, 13 Fevereiro 2018 00:48

    A renúncia do rei

    Antes de você questionar o título desta crônica (rei abdica do trono, jamais renuncia), esclareço: Murilão, o Rei Momo 1992, fazia tudo do seu jeito. Para o polêmico jornalista Murilo Lizardo, azarão no concurso promovido pela Prefeitura naquele ano, seu ato era único, diferente. Ele estava furioso com a confusão havida na tarde daquele sábado de carnaval, na Avenida Ene Garcez. Estava decidido a tomar atitude inédita, com o maior estardalhaço possível. Se a ideia era radicalizar, Murilão dava as cartas e jogava de mão

    Tudo começou quando grupo opositor ao governador do novo Estado, Ottomar de Sousa Pinto, foi às ruas com bloco, onde os participantes vestiam camiseta temática provocativa ao brigadeiro, com a estampa de primeira página de suposto jornal, com a manchete: “Tomar ou não tomar: segura que o pinto é frouxo”. Correligionários do brigadeiro decidiram reagir. Um deles arrancou a camiseta de uma jovem foliã. Os ânimos esquentaram, o policiamento interveio e controlou a situação naquele momento. Mas a revolta ficou.

    Ao saber do confronto, Murilão idealizou resposta à altura. À noite, quando os músicos animavam a festa para cinco mil foliões na avenida, o Rei Momo subiu no trio elétrico, pegou o microfone e desancou o governo, em geral, e o governador, em particular. O público nem reclamou da interrupção. Pelo contrário, aplaudiu. O discurso exaltava a arbitrariedade do grupo de situação. No fim, ele entregou a coroa, o manto e o cetro à primeira pessoa próxima e renunciou, ainda sob aplausos.

    O prefeito Barac Bento, evangélico, ficava longe do carnaval. A pergunta era inédita: em caso de impedimento do Rei Momo, quem o substituía? Como fazer com o prêmio a ele entregue? O povo nem se importou com a falta do rei. Achou a atitude do Murilão divertida e foi em frente. Quanto ao prêmio, passagem aérea de ida e volta do Rio de Janeiro, o renunciante já o trocara por cerveja antes mesmo de o carnaval começar.

    A burocracia matou espontaneidade e alegria do carnaval de verdade

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